É impressão minha ou aqueles que subscrevem uma petição contra, são os mesmo que se indignam quando a Grândola Vila Morena cala um qualquer Ministro e os que subscrevem uma petição a favor, são os mesmo que cantam a Grândola Vila Morena e que se indignam quando um qualquer Ministro fala?

Um pouco por todo o país vão-se multiplicando acções de caridade protagonizadas pelos nossos humanitários autarcas. O país está de rastos, aumenta o desespero de muitas famílias portuguesas e a acção de ajudar o próximo parece manter a ideia que em Portugal ainda há gente solidária.

Como em tudo na vida há questões mais ou menos pertinentes, pelo menos assim o entendo, que me assaltam o pensamento, vejamos:

Em Elvas, o Presidente da Câmara Municipal , um dinossauro do poder local, diz custar ao orçamento camarário cerca de 300 mil euros anuais, a distribuição de refeições para os alunos mais carenciados. A partir de agora, para além do pequeno almoço e almoço que já são garantidos em todas as escolas do país, vai também o Jantar que, segundo palavras do Edil, dá para a criança e para mais alguns membros da família.

Sendo assim, quem está a fazer caridade não é o Presidente da Câmara de Elvas, somos todos nós. Partindo do pressuposto que o Orçamento camarário deriva do Orçamento geral do estado - seguramente a maior fatia das receitas das Autarquias assim o é - posso considerar que se está a fazer 'batota' na forma como o processo é apresentado. Quem os ouve, até dá a impressão que são eles, os dirigentes, quem estão a tirar dos seus salários para poder dar a quem necessita.

Por outro lado, se é possível nesta altura desviar 300 mil euros para acudir a uma situação de emergência, pode-se concluir que estes mesmos 300 mill euros não faziam falta de onde foram transferidos, o que me leva a poder questionar se teria, no passado, claro, sido possível gerir melhor o dinheiro de todos nós.

Uma beneficiaria, senhora na casa dos 40/50 anos, confessava ser uma boa medida e explicava que ela e o marido estavam desempregados e que dessa forma tinham com que dar comer aos filhos.

Até aqui encantados, se a senhora passa dificuldades devemos todos dar a mão, mas alguém sugeriu à senhora que podia, por exemplo, dar uma mãozinha na preparação das refeições. Embalar, ensacar, distribuir etc.... a mim parecia-me justo. Ajuda recíproca, voluntariado activo.

Temo que, em ano de eleições autárquicas, o nojento aproveitamento politico de alguns de nós se torne viral e ao invés de se estar a ajudar quem realmente necessita, estejamos a ser espectadores de uma politica vergonhosa e sem decoro, mesmo que no imediato e aparentemente sejam bem vindas iniciativas como a do Presidente da Câmara de Elvas.

Ninguém se chama Avoila. Avoila é nome de empresa de camionagem.

Não deveria ser permitido alguém chamar-se Picanço. Picanço é um bom nome para uma empresa de Tuning.

Arrastados pelo turbilhão da TSU, e ultrapassados pela resposta do Povo nas ruas, os Sindicatos, agora em bicos-dos-pés, tentam capitalizar atenções.

- 'O Governo não está a negociar. Exigimos aumentos de 47€ mais 2,23€ no subsídio de alimentação...'

Pergunto: Será que esta gente acredita naquilo que está a pedir?

Segunda pergunta: Será que os trabalhadores, representados pelo Picanço (vrummmm) e pela Avoila, acreditam nestas propostas?

Próxima: Num país onde já não há dinheiro para mandar cantar um cego, é razoável alguém reivindicar desta forma?

Só mais uma: Qual é o limite razoável de tempo que existe para que ainda se perca tempo - e dinheiro - com este tipo de gente?

Enquanto continuarmos nesta toada, é impossível este país sair do 'coma profundo', pensem nisso...

De repente, ou não, o país treme e indigna-se com o propagado anúncio de mais austeridade, proveniente da boca do primeiro ministro. Ainda por cima, exclama-se, 1/2 hora antes do jogo que irá opor a selecção Nacional e a congénere do Luxemburgo.

: - 'Está um gajo a sacar da bela da Mini, lixado porque não dá para ver o Gordo a fazer serviço público de televisão, e temos que levar com este granda filho da p***, F****, metam mazé o jogo Ca*****lho...

Não deixa de ser curioso lembrar que antes de 1998, altura em que rebentou a crise, os mesmos indignados de agora não se importaram nada de ver o deficit tocar nos dois dígitos.

:- 'Que se f***', terão dito, 'alguém irá pagar depois! Há vida para lá do deficit Ca****lho, metam mazé o Gordo que eu quero ver se a bimba ganha a montra final...

Pela primeira vez na história da Democracia Portuguesa, um Jornal organiza uma petição contra o Governo. O Sindicato e a Ordem concordam.

Ou seja: Um politico pressionar uma Jornalista é um acto de cobardia e atentatório aos valores da democracia, um jornal pressionar a opinião pública para derrubar um governo maioritário é um acto de cidadania. 

Estamos conversados... 

O copo d'água já ia adiantado quando eu e o meu pai chegámos. A minha prima, a noiva, avisada com a devida antecedência, sabia que nesse mesmo dia eu tinha um Campeonato Nacional de Mini-Trampolim mesmo ali ao lado, no velhinho ginásio do Lisboa Ginásio Clube.

- Então! Só agora?

- É Campeão de Mini-trampolim! - exclama o Santos embevecido, como é seu apanágio.

- Isso não é aquela coisa do cavalo ou das argolas?

Um primo, menos familiarizado com as disciplinas gímnicas, não entende que, na altura, ginástica desportiva - Artística agora - nada tem a ver com trampolins...

- Isso nem sequer há nos Jogos Olímpicos - diz com desdém.

Hoje, 3 de Agosto de 2012, assaltou-me este momento. E assaltou-me esse momento porque a Minha Modalidade - já escreveu, por imensas vezes, a dourado, o seu nome um pouco por todo o Mundo, inclusive nos JO - está nos Jogos Olímpicos.

Hoje, primo, não consegui conter as lágrimas. Não consegui conter as lágrimas porque sei o quão difícil é não conseguir atingir aquilo que todos esperam de nós.

Teria chorado à mesma se o Diogo tivesse conseguido, de alegria, bem certo, porque só quem vive ou viveu momentos destes consegue dar o real valor.

Depois há outra coisa priminho, nos trampolins - Sim! Nos Trampolins - somos todos uns grandes caramelos uns prós outros, mas quando toca a reunir, quando toca a cerrar fileiras ninguém nos abate. Talvez seja da dificuldade que é enveredar por esta modalidade, que, pasme-se, é Olímpica...

Diogo, parabéns e se um dia te cruzares com o meu primo.... sorri.

PS - Em minha casa, como que imbuídos no espírito Olímpico - sobretudo aquele que nos são mais próximos - vibrámos e gritámos a ver o Tiago Apolónia e o colega a 'papar' os Ingleses. Força Tiago... 

Enquanto decorria um jogo de Badmington pergunta o Lourenço?

- Eles estão a jogar com uma bola ou com uma cebola?

Uma visão ecologista no mínimo...

 Constança:- Ó Mãe! O que é a Troika?

 Mãe:- Bem! A Troika é complicado explicar-te... Já ouviste dizer que o nosso País está em crise certo?

 Constança:- Sim, já ouvi.

 Mãe:- A Troika são umas pessoas estrangeiras, de outros países, que vieram cá tentar ajudar-nos...

 Constança:- Eu conheço uma dessas pessoas.

 Mãe:- Conheces! Quem é?

 Constança:- É aquela menina chinesa que estava ontem nos anos do Martim... 

- Constança! Estás a chorar porquê?

- Não estou a chorar Pai, estou a brincar.

- A brincar? Eu estou a ver lágrimas nos teus olhos.

- Sim! Estou a chorar mas é a brincar.

- A brincar como?

- Olha! Sem querer parti a cabeça a uma boneca. Agora estas duas estão a explicar a esta, que é irmã da outra, que ela vai ter de ir para o hospital e ficar lá muitos meses....

- Ok! Já entendi. Está a chorar porque estragaste a boneca correcto?

- Não Pai, estou a chorar porque a história é triste.

Falo com o Eduardo de Sá ou com a Eunice Munoz?

Sr. Primeiro Ministro,

Escrevo aqui no meu Bloguezito uma carta aberta, que ao que parece está na moda, a propósito da sua declaração/sugestão sobre os  Professores irem dar uma curva ao bilhar grande.

Acho mal! Acho profundamente desenquadrado essa sua declaração e explico porquê:

Em Portugal, uma enormíssima percentagem de licenciaturas contemplam a área de ensino.

A Natalidade, seguindo os exemplos dos Países desenvolvidos, desce - o ano passado por acaso subiu mas foi uma excepção.

As escolas fecham todos os anos por falta de alunos.

Segundo os rácios Europeus, para que todos os Professores fossem colocados necessitaríamos de uma população a rondar os 75 Milhões de habitantes.

Por isso pergunto: Quem lhe mandou dizer a verdade? Quem lhe deu autorização de sugerir uma solução digna? Não vê que não estávamos habituados a esse registo?

Não seria preferível dizer aos milhares de Professores, que nunca na vida irão dar aulas em lado nenhum neste País, que o seu Governo irá arranjar um Simplex qualquer, ou um Choque Académico qualquer e que eles irão dar aulas, sei lá, daqui a quatro meses?

Não seria melhor dizer-nos que está a trabalhar para arranjar 150 Mil postos de trabalho?

Não vê Sr. Primeiro Ministro, que nós não aguentamos tanta verdade junta?

Como quer que nos habituemos, depois de sete vergonhosos anos de mentira, que nos conformemos com alguém que nos aconselha outras alternativas que não sejam ilusões?

Pois fique a saber, Sr. Primeiro Ministro, para a próxima não voto em si, pronto...